segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Estudo de genoma traz estimativa de censo populacional

A partir da composição de apenas dois genes humanos, geneticistas computadorizaram o tamanho da população mundial de há 1,2 milhões de anos.

    O número ficou estimado em 18.500 pessoas, mas este número refere-se apenas a indivíduos capazes de se reproduzir, o que faz com que a população real possa ter sido cerca de três vezes maior, ou seja 55.500 pessoas.

    A estimativa, publicada numa edição recente do jornal The Proceedings of the National Academy of Sciences, foi calculada por uma equipa de geneticistas populacionais da Universidade de Utah liderada por Chad D. Huff e Lynn B. Jorde.

    A população humana de há um milhão de anos atrás era representada por espécies arcaicas, como o Homo ergaster, na África, e o Homo erectus, no leste da Ásia. A equipa de Utah afirma que a sua estimativa de 18.500 indivíduos implica "uma população pequena para uma espécie que se espalhou por todo o Velho Mundo, o que é incomum".

    Richard G. Klein, paleoantropólogo de Stanford, afirmou ser difícil acreditar que a população da qual os humanos modernos se originaram, seja tão pequena quanto 18.500 pessoas, "a não ser que eles estivessem geograficamente restritos à África ou a uma pequena parte do continente".

    A equipa de Utah utilizou três genes para trabalhar e observaram elementos antigos conhecidos como inserções Alu, cuja classe mais recente apareceu no genoma humano há cerca de um milhão de anos. O nível de variação verificado no DNA imediatamente ao redor das inserções Alu deram uma ideia do tamanho da população humana naquela época.

    A estimativa dos cientistas enquadra-se quase perfeitamente com uma anterior já realizada, também baseada em inserções Alu, porém com dados mais dispersos.

Será que estamos no bom caminho para utilizar o genoma humano de forma produtiva e acertada?

Adaptado de

1 comentários:

Anónimo disse...

Será que é assim tão importante saber quantos eramos à 1 milhão de anos atrás? Dados histórico/politicos para tentar perceber qual o caminho evolutivo parecem-me muito mais uteis atendendo à actual cultura tendente ao descalabro.
Estudar o genoma para melhorar, o mais depressa possível, o caminho evolutivo e o futuro próximo parecerá a qualquer leigo muito mais importante. E a grande MAIORIA são os leigos, que esperam respostas como essas dos cientistas, em tempo tão útil quanto possível. Poderá ser até a maior descoberta desde que há humanidade mas se não servir para melhorar o "hoje" e para o "futuro" é descoberta nula, que só consumiu recursos e fez meia-duzia muito importantes "na rua deles"!

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