quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Identificadas as variantes genéticas relacionadas com o envelhecimento


Uma equipa de cientistas identificou, pela primeira vez, algumas variantes genéticas relacionadas com a idade. Esta pesquisa abre novas perspectivas para a investigação de certas doenças relacionadas com a velhice. A descoberta pioneira permite explicar porque é que certas pessoas possuem uma idade biológica inferior à que consta do bilhete de identidade e vice-versa.


Uma pessoa pode ter 70 anos mas um organismo e células próprias de alguém com 50. A primeira é a idade cronológica, a segunda a biológica, tantas vezes díspares uma da outra. O estudo agora publicado na revista Nature Genetics debruçou-se sobre esta disparidade e alcançou uma descoberta pioneira.
A equipa de investigadores, dirigida pelo professor Nilesh Samani, do departamento de Ciências Cardiovasculares da Universidade de Leicester (Reino Unido), analisou mais de 500 mil variações genéticas em dois grupos distintos, o primeiro com 2917 participantes e o segundo com 9492, no qual os cientistas conseguiram comprovar as suas descobertas.
De acordo com a Nature Genetics, citada pelo jornal espanhol El Mundo, os investigadores descobriram variantes, todas localizadas no mesmo gene (TERC), que fazem com que as pessoas que as possuem tenham os telómeros mais curtos. Os telómeros fazem parte dos cromossomas e o seu comprimento é considerado um marcador de idade biológica. Assim, quanto mais curtos são os telómeros, mais “velho” é o organismo que os possui.
“O trabalho sugere que algumas pessoas estão geneticamente programadas para envelhecer mais rapidamente. Em concreto, o menor comprimento dos telómeros equivale a três ou quatro anos de idade biológica”, realça ao El Mundo Tim Spector. Este cientista do Kings College de Londres, que participou na investigação, sublinha no entanto, que para o envelhecimento celular influenciam também outros factores como “o tabaco, a obesidade e o estilo de vida sedentário”.


Resultado Votação Janeiro/Fevereiro

Perderão as pessoas a individualidade ao ser descoberto o genoma humano?

Sim - 2 votos (11%)
Não - 3 votos (17%)
Não sei/Não me interessa - 4 votos (23%)
Sim, mas é para o bem da sociedade - 9 votos (52%)

A opinião geral dos nossos leitores é de que este projecto poderá fazer com que a nossa individualidade desapareça, embora o considerem vantajoso e imprescindível.
Qual é o teu ponto de vista? Não hesites em comentar e dá-nos a tua opinião!!

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sábado, fevereiro 20, 2010

Terapia Celular Pode Evitar Morte Súbita Após Enfarte

Transplantes experimentais de células geneticamente modificadas podem reduzir o risco de morte súbita após um ataque cardíaco, segundo um novo estudo efectuado em ratos, que pode um dia ter aplicação nos humanos

"Quinze por cento dos pacientes que sofreram um enfarte morrem nos três anos seguintes, maioritariamente devido ao ritmo cardíaco irregular e rápido, chamado de "taquicardia ventricular", segundo Bernd Fleischmann, da Universidade de Bona, responsável pelo estudo publicado na revista Nature.

"Os especialistas realizaram já várias tentativas de tratar os tecidos cardíacos com células, nomeadamente com mioblastos derivados do músculo da perna provenientes do mesmo paciente mas encontraram perturbações do ritmo.

Estas células dos músculos não possuem a mesma actividade eléctrica específicas do coração, que tem ele próprio um estimulador eléctrico natural para manter e adaptar o ritmo dos seus batimentos às necessidades do corpo. A diferença reside na presença de uma proteína, a conexina 43, existente em larga quantidade nas células cardíacas.

Os investigadores modificaram geneticamente células de músculos, para que estas produzissem a proteína em questão. Injectadas nos roedores, as células modificadas demonstraram resultados tão bons quanto os das células cardíacas embrionárias. No entanto, antes de haver uma aplicação humana, é necessário provar a inocuidade do processo de modificação genética".
 
 
Fica atento às próximas novidades!!!
 
Adaptado de: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=24570&op=all

sábado, fevereiro 13, 2010

Biotecnologia e Ética

    Fugindo um pouco aos nossos posts anteriores, baseados em notícias, voltamos agora a um post mais informativo sobre biotecnologia e ética.

    A ética é uma temática que desde sempre ocupou a mente dos filósofos. Já no tempo de Sócrates se debatiam os assuntos éticos da Ciência.
    Nos dias de hoje deve reconhecer-se que todo o desenvolvimento passa cada vez mais pela Ciência e Tecnologia. Reconhecemos também facilmente que, nas realizações técnico-cientificas, se deve ter como principal objectivo o BEM COMUM.


    A biotecnologia vai alterando o panorama das doenças a nível mundial.
O principal objectivo é, sem dúvida, a eliminação de doenças infecciosas que ocupam um lugar no topo das mortes por doença, aumentando assim a esperança média de vida dos indivíduos.
Doenças como a SIDA, tuberculose, hepatite, podem, no futuro, vir a ser curadas devido ao papel de diagnóstico da engenharia genética.

    Aliadas a factores sócio-económicos, morais e religiosos, surge então uma panóplia de questões sobre este tema.
Podemos alterar a estrutura genética de todos os seres vivos em nome da utilidade e do ganho económico? 

A manipulação genética de todos os seres vivos é uma herança acessível para todos ou é propriedade privada de algumas corporações?


É possível minimizar as considerações éticas, reduzir os riscos ambientais, e ao mesmo tempo manter os benefícios? 
 
Quem beneficia da Biotecnologia? Quem perde com ela? 


Fiquem atentos, postaremos em breve,
http://egenetica12f.blogspot.com 

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Estupidez é uma doença!

A estupidez é uma doença genética que deveria curar-se.
    A opinião é de James Watson, um dos investigadores que descobriu a estrutura do ADN (ácido desoxirribonucleico). A descoberta tem 50 anos e mereceu o Nobel da Medicina em 1962.

James Watson defende James Watson defende que as pessoas estúpidas ou com um coeficiente intelectual baixo que não têm uma deficiência mental diagnosticada
    Para este prestigiado professor, é um erro associar a lentidão na aprendizagem a uma situação de pobreza ou a problemas familiares, já que é mais provável que exista uma causa genética que pode e deve ser corrigida.
    James Watson defende convictamente que devíamos utilizar da engenharia genética para melhorar a raça humana. Neste sentido, considera que os cientistas deviam desenvolver terapias genéticas e fazer exames pré-natais para prevenir o nascimento de «bebés estúpidos».

   «É injusto que as pessoas não tenham as mesmas oportunidades (de ser inteligentes). Quando estiver disponível um método para melhorar os nossos bebés, ninguém poderá evitar a sua aplicação. Seria estúpido não o utilizar», argumentou.



Iremos, no futuro, ser todos brilhantes?
Como vamos hierarquizar a nossa sociedade?



Adaptado de http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=721476

sábado, fevereiro 06, 2010

Será possível viver para SEMPRE?

A maioria das pessoas morre antes de atingir os 100 anos de idade.
Mas, afinal, o que nos faz envelhecer e morrer?

    A resposta está, em parte, no nosso DNA. As pessoas começam agora a ter esperança de que fazendo alterações no nosso DNA, possamos viver durante muito tempo – ou até mesmo para sempre.

    Enquanto vamos vivendo as nossas vidas, as nossas células vão-se dividindo para substituir as células velhas, mortas. A questão é que as células só são capazes de se dividir durante um determinado período de tempo. À medida que o ritmo da divisão celular abranda e as células vão deixando de se dividir, os nossos corpos vão perdendo a capacidade de reparar os danos sofridos e aumenta o risco de termos doenças. É assim que envelhecemos.

    O envelhecimento deve-se, em parte, aos telómeros – secções repetidas de DNA na extremidade dos cromossomas. De cada vez que uma célula se divide, os seus telómeros desgastam-se. Quando ficam muito curtos, a célula deixa de ser capaz de se dividir.

    Com a engenharia genética, pode vir a ser possível alterar as nossas células para que todas elas produzam a telomerase. Teoricamente, isto poderia parar o desgaste das nossas células e abrandar o envelhecimento dos nossos órgãos. Apesar da pesquisa sobre os telómeros se encontrar ainda numa fase inicial, alguns especialistas sugeriram já que a ciência genética nos poderá ajudar a viver vidas muito longas.

    Concluindo, uma pessoa poderá obter uma amostra das suas células, numa idade muito jovem. Elas seriam copiadas e utilizadas para fazer células estaminais clonadas contendo DNA. Estas células poderiam depois ser convertidas em tecidos do corpo para fazer novos órgãos para a pessoa quando fosse mais velha.

Mas então...
Será que nos vamos tornar imortais?
Como vamos fazer o controlo da população?

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Estudo de genoma traz estimativa de censo populacional

A partir da composição de apenas dois genes humanos, geneticistas computadorizaram o tamanho da população mundial de há 1,2 milhões de anos.

    O número ficou estimado em 18.500 pessoas, mas este número refere-se apenas a indivíduos capazes de se reproduzir, o que faz com que a população real possa ter sido cerca de três vezes maior, ou seja 55.500 pessoas.

    A estimativa, publicada numa edição recente do jornal The Proceedings of the National Academy of Sciences, foi calculada por uma equipa de geneticistas populacionais da Universidade de Utah liderada por Chad D. Huff e Lynn B. Jorde.

    A população humana de há um milhão de anos atrás era representada por espécies arcaicas, como o Homo ergaster, na África, e o Homo erectus, no leste da Ásia. A equipa de Utah afirma que a sua estimativa de 18.500 indivíduos implica "uma população pequena para uma espécie que se espalhou por todo o Velho Mundo, o que é incomum".

    Richard G. Klein, paleoantropólogo de Stanford, afirmou ser difícil acreditar que a população da qual os humanos modernos se originaram, seja tão pequena quanto 18.500 pessoas, "a não ser que eles estivessem geograficamente restritos à África ou a uma pequena parte do continente".

    A equipa de Utah utilizou três genes para trabalhar e observaram elementos antigos conhecidos como inserções Alu, cuja classe mais recente apareceu no genoma humano há cerca de um milhão de anos. O nível de variação verificado no DNA imediatamente ao redor das inserções Alu deram uma ideia do tamanho da população humana naquela época.

    A estimativa dos cientistas enquadra-se quase perfeitamente com uma anterior já realizada, também baseada em inserções Alu, porém com dados mais dispersos.

Será que estamos no bom caminho para utilizar o genoma humano de forma produtiva e acertada?

Adaptado de