sexta-feira, janeiro 29, 2010

Cientistas decifram código genético de duas formas de cancro

Descoberta abre caminho, num prazo de anos, a novas terapias, meios de diagnóstico precoce e sobretudo à melhor compreensão do cancro.

    A ciência conseguiu decifrar o código genético de dois dos cancros: o da pele e dos pulmões, abrindo caminho a potenciais curas e a inovadores meios de diagnóstico que permitirão identificar a doença de forma precoce.

    Os cancros são mutações de células saudáveis causadas por factores ambientais. As células doentes acumulam-se em tumores capazes de criar rupturas nas funções dos diferentes órgãos atingidos. A identificação das mutações que ocorrem em células saudáveis permitirá compreender a doença de forma mais detalhada e, eventualmente, levará a um simples teste de sangue que permitirá perceber quais as melhores terapias para cada doente.
A complexidade da doença é o maior desafio: o tumor dos pulmões envolve 23 mil mutações das células saudáveis e o melanoma da pele mais de 33 mil.

    A descoberta foi anunciada pelo Instituto Wellcome Trust Sanger, de Cambridge, no Reino Unido. Segundo o líder da equipa que realizou o trabalho, esta descoberta muda a forma como os cientistas olham para a doença: "Este é um momento fundamental na história da investigação do cancro", afirmou o académico.

    O Instituto Sanger usou tecnologia sofisticada para identificar as sequências de genes nos tecidos do tumor e nos tecidos das células normais. A comparação dos dois permitiu identificar milhares de diferenças, mas para encontrar aquelas que verdadeiramente matam os doentes serão necessários anos de trabalho adicional.

    Este progresso é ainda um passo na procura de curas para a doença. Há equipas em dez países que tentam completar as sequências de ADN de todos os tipos da doença existentes. Cada uma delas com orgãos humanos específicos, os americanos cérebro e ovários, os ingleses mama, os japoneses fígado e a China estômago.

    Em Agosto, uma equipa americana decifrou o código genético de um doente com leucemia, mas as sequências de mutações eram totalmente diferentes daquelas que tinham sido identificadas um ano antes, noutro doente. Identificar as mutações que são verdadeiramente perigosas não é fácil e, por exemplo, das 23 mil presentes no cancro do pulmão, a maioria parece ser inofensiva.

    O estudo detalhado dos catálogos de cada forma da doença poderá levar os cientistas a perceber no futuro o impacto dos factores ambientais na base das mutações. Os benefícios potenciais destes avanços serão recolhidos pela próxima geração da humanidade, avisam os cientistas.





Esperamos que a ciência progrida de forma a que as curas para esta e outras doenças sejam alcançadas.



Fica atento, postaremos brevemente.

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