sábado, maio 29, 2010

Teste de DNA chega às farmácias

Rede de farmácias americana anuncia a venda de kits que revelam a predisposição a doenças graves

    O laboratório americano Pathway Genomics anunciou à duas semanas, em parceria com 6 000 farmácias da rede Walgreens espalhadas pelos Estados Unidos, a venda de estojos para testes caseiros de DNA feitos com uma amostra de saliva. Há dois anos esse tipo de teste podia ser comprado pela internet, mas pela primeira vez se divulga a sua venda nas prateleiras, diretamente ao consumidor. A notícia causou alvoroço entre os médicos e provocou reação imediata da Food and Drug Administration (FDA), a agência que regula o sector farmacêutico nos Estados Unidos.

   A controvérsia deve-se ao facto de um deles, o Health Kit, informar sobre a predisposição genética a diversos tipos de cancro, Alzheimer, diabetes, glaucoma, infarto do miocárdio, hipertensão e esclerose múltipla, entre outras doenças.

    Muitos médicos e cientistas avaliam que os conhecimentos acerca da própria saúde proporcionados pelo Health Kit podem trazer mais prejuízos do que benefícios, deflagrando um estado permanente de medo de que a doença se desenvolva. Ocorre que ter predisposição genética a determinada doença não significa que se vá desenvolvê-la. Sua incidência depende de outros fatores, como os hábitos e o estilo de vida.
    Em última análise, fica a critério de cada um dispor desse tipo de conhecimento sobre seu DNA.

E você? É contra a venda deste produto? Porquê?
Preferia saber ou não saber qual a probabilidade de desenvolver estas doenças?


adaptado de http://veja.abril.com.br/190510/teste-dna-prateleiras-p-078.shtml

segunda-feira, maio 17, 2010

Sushi Pode Modificar Genes da Flora Intestinal Humana

Uma dieta rica em comida japonesa, como os tradicionais sushis, pode transferir genes de bactérias marinhas para a flora intestinal humana, segundo um artigo publicado na revista científica Nature.

Segundo os autores do estudo, da Universidade Pierre et Marie Curie (UPMC), em Paris, ao comer algas, as pessoas também ingerem essas bactérias marinhas, que contêm o código genético para secretar uma enzima digestiva capaz de «quebrar» as algas em moléculas menores, capazes de serem absorvidas pelo intestino humano. Para os especialistas, a descoberta mostra que os alimentos e a maneira como os preparamos têm o potencial de influenciar a flora intestinal do homem.

Noutro artigo publicado na mesma edição da Nature, o microbiologista norte-americano Justin Sonnenburg, da Universidade de Stanford, destaca que o estudo francês mostra ainda a importância de as bactérias da flora humana se adaptarem às constantes mudanças da nossa dieta e nosso ambiente.

A equipa de cientistas da UPMC, liderada por Jan-Hendrik Hehermann, conseguiram isolar uma nova enzima digestiva encontrada em bactérias que vivem nas algas vermelhas conhecidas como Porphyra, entre as quais está o nori, usado nos sushis.

Examinando centenas de databases de genes para tentar descobrir onde mais poderiam encontrar essa enzima, os cientistas detectaram-na em bactérias intestinais de um grupo de 13 japoneses.

«Cinco dessas 13 pessoas tinham este mesmo gene na sua flora intestinal. E o resto apresentou genes similares que codificam enzimas semelhantes», explicou Mirjam Czjzek, também da UPMC. «Quando examinamos o genoma da flora intestinal de um grupo de americanos, vimos que nenhum deles apresentou o mesmo gene.»

domingo, maio 02, 2010

Resultado votação Março/Abril

Imagine-se no lugar de uma mulher grávida que sabia que o seu filho nasceria com uma doença grave chamada Fenilcetonúria (provoca um atrofio motor, mental e pode ainda provocar convulsões), o que faria?

 
Abortava - 5 votos (15%)
Tinha o filho na mesma - 4 votos (12%)
Procurava tratamento e se não houvesse abortava - 13 votos (39%)
Prucrava tratamento e se não houvesse tinha na mesma o filho - 11 votos (33%)


A opinião geral passa sempre por procurar tratamentos para esta síndrome, embora a opção de abortar ou não abortar está bastante dividida. Informamos que este tratamento existe (consiste numa dieta especial) mas no entanto tem de começar a ser administrada mal esta doença seja detectada, o que por vezes é tarde de mais.


Qual é o teu ponto de vista? Não hesites em comentar e dá-nos a tua opinião!!


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segunda-feira, abril 19, 2010

Bancos de DNA

CONSIDERAÇÕES ÉTICAS SOBRE O ARMAZENAMENTO DE MATERIAL GENÉTICO

    Uma das principais características da genética médica actual tem sido a crescente utilização da análise directa do material genético, tanto para diagnóstico quanto para pesquisa. Para que muitas dessas análises sejam possíveis é necessário que uma certa quantidade de DNA esteja disponível. O armazenamento das amostras de DNA origina os Bancos de Material Genético ou Bancos de DNA.
    Pode-se diferenciar quatro tipos de Bancos de Material Genético, de acordo com suas características:
        • Pesquisa
        • Diagnóstico
        • Dados
        • Potenciais
    Os bancos de pesquisa são formados por DNA de indivíduos ou de famílias extensas, que são portadoras de uma determinada doença genética.
    Os bancos de diagnóstico são obtidos a partir do DNA de pessoas com suspeita de determinada doença e de seus familiares, em geral para fins diagnósticos ou de aconselhamento (detecção de portadores, prognóstico, etc.).
   Nos bancos de dados de DNA as informações genéticas são armazenadas para um determinado fim, usualmente a identificação de um indivíduo por comparação com o padrão armazenado. Estes bancos geralmente tem caráter forense ou militar e várias críticas têm sido feitas a sua utilização, sendo que um dos principais problemas diz respeito à privacidade e autonomia dos indivíduos analisados.
   O quarto tipo de bancos de material genético é formado por qualquer coleção de tecido: blocos de parafina para análise anátomo-patológica, células ou tecidos em cultura, cartões para screening neonatal (teste do pezinho) e bancos de sangue, que são fontes de DNA, e portanto bancos de potencial.

Como será possível proteger a identidade DNA nestas bases de dados?
Quem deverá ter acesso a estas informações?

segunda-feira, março 22, 2010

Vacina da SIDA "à vista"!

Foi desenvolvida uma vacina capaz de reduzir em 31 por cento o risco de contaminação pelo vírus da SIDA – o HIV.

    Investigadores americanos e tailandeses são os responsáveis por este ensaio, que poderá, pela primeira vez, resultar num fármaco que seja capaz de travar a doença.
    A vacina resultou da combinação de Alvac HIV e Aidsvax B/E, duas vacinas anteriormente testadas, mas que não se tinham revelado eficazes quando aplicadas isoladamente. Esta foi testada em 16 mil voluntários de duas províncias tailandesas, cuja exposição ao risco de contaminação foi considerada semelhante à média.
    O resultado do estudo foi anunciado na capital tailandesa pelos elementos do grupo envolvido na investigação: o Exército dos Estados Unidos, o Ministério da Saúde da Tailândia e o Instituto Fauci, Sanofi-Pasteur e Soluções Globais para Doenças Infecciosas.
    Este ensaio é considerado, até ao momento, como o mais importante jamais realizado com o intuito de desenvolver uma vacina contra a SIDA. "É um avanço científico muito importante porque nos dá a esperança de que, no futuro, possa ser desenvolvida uma vacina para o mundo inteiro", frisou um dos responsáveis pela investigação.

Será que chegaremos à cura da SIDA?

quinta-feira, março 18, 2010

Engenharia Genética Revoluciona os Implantes Dentários

Há alguns anos, quem perdia os dentes acabava por optar por uma dentadura, que é uma prótese removível capaz de devolver o sorriso ao paciente. Mas o resultado ainda está longe de ser o ideal.

    O implante dentário é uma solução mais avançada, já que se trata de uma estrutura metálica que substitui a raiz do dente perdido, sendo colocada no osso logo abaixo da gengiva e permitindo ao dentista moldar a prótese individualmente. A engenharia genética está a elevar os implantes a um novo patamar, estendendo o benefício a usuários de dentaduras.

    “Quando se perde um dente, o osso que lhe dava suporte acaba por perder a sua função. Com o passar do tempo, o organismo encarrega-se de remodelar a área e pára de produzir mais células para aquela região. A solução mais comum para quem se quer ver livre da dentadura é fazer um enxerto com um osso do próprio corpo ou proveniente de doação. No primeiro caso, o procedimento é doloroso para o paciente. No segundo, a dependência da doação pode causar desânimo com a demora. A novidade, então, é recorrer à engenharia genética”, diz o doutor Marcelo Rezende, especialista em implantes dentários e director da Smiling Dental Care. Rezende diz que, há quase 50 anos, os cientistas descobriram uma proteína responsável por induzir o crescimento ósseo.

    “Na tentativa de criar um similar em laboratório, a engenharia genética chegou ao BMP-2. Primeiramente, seu uso foi aprovado somente para cirurgias de coluna. Disponível agora também na odontologia, essa proteína é aplicada no local em que se objectiva o crescimento ósseo, que deve acontecer num espaço de seis meses até à sua completa reconstrução”. De acordo com o especialista, antes era inserido um pequeno pedaço de osso para se atingir um resultado imprevisível. A nova técnica faz uso de uma esponja de colágeno com a proteína sintética para induzir as células-tronco do paciente a formar um osso com uma qualidade ainda superior à do original. “É incrível perceber que a Odontologia já faz uso das células-tronco para formar um osso como se fosse do ‘nada’. A ciência está-nos permitindo aplicar essa tecnologia muito antes do que esperávamos. E com sucesso”, diz Rezende.

quinta-feira, março 11, 2010

Nova descoberta na transmissão de características aos descendentes

Os pais transmitem aos filhos menos genes com mutações do que se supunha

A sequenciação do primeiro genoma de uma família inteira vem demonstrar que os pais transmitem aos filhos duas vezes menos mutações genéticas do que os geneticistas pensavam.

É a primeira vez que é decifrado o genoma de uma família inteira: de um pai, de uma mãe, do filho e da filha, estes dois com raras doenças genéticas. Foi conseguido por uma equipa do Institute for Systems Biology, em Seattle, cujo estudo foi publicado na edição online da revista científica Science, a 11 de Março.

Segundo os autores, a sequenciação do genoma desta família permite perceber a quantidade média de mutações genéticas que os pais transmitem aos filhos. Permite ainda descobrir exactamente onde no cromossoma se processam as trocas de informação genética dos pais para criar as novas características genéticas dos filhos.

Ao comparar as sequências de ADN dos pais às dos filhos, os geneticistas calcularam, com grau elevado de certeza, que cada um dos pais transmite 30 mutações – presumia-se que eram 75.
Tanto o pai como a mãe do estudo não tinham qualquer mutação genética, mas cada um era portador de genes recessivos – genes cuja acção apenas se manifesta quando estão presentes em cada um dos dois cromossomas homólogos – cada um transmitido ao descendente por cada um dos progenitores.

Será que esta nova descoberta vai pôr em causa os nossos conhecimentos sobre genética? Será que novas teorias explicativas serão formuladas?

Deixa os teus comentários e vota!

Adaptado de http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/os+pais+transmitem+aos+filhos+menos+genes+com+mutacoes+do+que+se+supunha.htm

sexta-feira, março 05, 2010

Nova vacina Lançada no Porto, a nível europeu

O Centro de Congressos da Alfândega, Porto, recebeu dia 2 de Abril de 2009 o lançamento europeu de uma nova vacina contra a Doença Pneumocócica Invasiva (DPI), que estará disponível em Portugal a partir de 09 de Abril de 2010.

A Synflorix, a nova vacina pneumocócica pediátrica, da GlaxoSmithKline (GSK), irá actuar contra doenças potencialmente fatais como a meningite e a pneumonia bacteriémica, bem como contra infecções do ouvido médio.
De acordo com a GSK, na Europa, em crianças pequenas, cerca de um em cada três casos de doença pneumocócica, não era prevenido uma vez que estas doenças são causadas por serotipos bacterianos não abrangidos pela vacina pneumocócica conjugada actualmente disponível no mercado (Prevenar).
A nova vacina, que protege contra 10 serotipos da DPI, irá proporcionar uma cobertura contra três das principais estirpes pneumocócicas, além dos sete serotipos  que tem em comum com a vacina existente (Prevenar).
Em comunicado, a GSK acrescenta que "os 10 serotipos incluídos na nova vacina são responsáveis por até 90 % de todos os casos de DPI em crianças com idade inferior a cinco anos, em algumas regiões da Europa".
A Synflorix representa uma "mais valia" e é "mais eficaz" do que a Prevenar, que tem uma taxa de cobertura de 65% em relação aos serotipos actuantes em Portugal. Esta nova vacina apresenta 76% de cobertura.
Espera-se agora que esta vacina seja incluída no Plano Nacional de Vacinação, dando assim igualdade a todas as famílias.

Prevenir a meningite e pneumonia é um grande passo na ciência. 

Que outras doenças acha que poderiam ser evitadas com vacinas?



http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1188867&seccao=Sa%FAde (adaptado)

segunda-feira, março 01, 2010

Vacina de ADN pode substituir a do sarampo

A vacina tradicional do sarampo está a um passo de acabar.
   Foi descoberta uma nova vacina que consiste na injecção de ADN no corpo da criança. É diferente da imunização corrente que utiliza uma versão fraca ou morta do organismo que provoca a doença.

   Embora exista uma imunização eficaz nas crianças desde 1963, há ainda, todos os anos, milhões de mortes provocadas pelo sarampo por causa das dificuldades em vacinar as crianças.
   As tentativas de imunizar as crianças no passado foram desastrosas. No final da década de 60, um protótipo inactivo desenvolvido na altura, provocou graves infecções conhecidas como um tipo de sarampo raro.

   Os especialistas testaram duas vacinas de ADN em macacos. A produção de anti-corpos pelo sistema imunitário do macaco foi iniciada o que protegeu os animais do vírus do sarampo, não havendo nenhuma evidência de sarampo nos macacos.

   Diane Griffin, do Departamento de Microbiologia Molecular e Imunologia daquela universidade, afirmou ao jornal Nature Medicine que "a nova vacina do sarampo candidata à imunização das crianças dos países em vias de desenvolvimento deve ser simples, barata e resistente ao calor".

   "As vacinas de ADN têm todos esses requisitos e podem garantir imunidade contra uma variedade de agentes infecciosos nos animais que foram utilizados como cobaias".

Será este o futuro ou será que estamos a caminhar para o fracasso?
Quem terá acesso a estas novas técnicas?
Será ético utilizar os animais como cobaias para nossa proveito?

 
Adaptado de: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=718608

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Identificadas as variantes genéticas relacionadas com o envelhecimento


Uma equipa de cientistas identificou, pela primeira vez, algumas variantes genéticas relacionadas com a idade. Esta pesquisa abre novas perspectivas para a investigação de certas doenças relacionadas com a velhice. A descoberta pioneira permite explicar porque é que certas pessoas possuem uma idade biológica inferior à que consta do bilhete de identidade e vice-versa.


Uma pessoa pode ter 70 anos mas um organismo e células próprias de alguém com 50. A primeira é a idade cronológica, a segunda a biológica, tantas vezes díspares uma da outra. O estudo agora publicado na revista Nature Genetics debruçou-se sobre esta disparidade e alcançou uma descoberta pioneira.
A equipa de investigadores, dirigida pelo professor Nilesh Samani, do departamento de Ciências Cardiovasculares da Universidade de Leicester (Reino Unido), analisou mais de 500 mil variações genéticas em dois grupos distintos, o primeiro com 2917 participantes e o segundo com 9492, no qual os cientistas conseguiram comprovar as suas descobertas.
De acordo com a Nature Genetics, citada pelo jornal espanhol El Mundo, os investigadores descobriram variantes, todas localizadas no mesmo gene (TERC), que fazem com que as pessoas que as possuem tenham os telómeros mais curtos. Os telómeros fazem parte dos cromossomas e o seu comprimento é considerado um marcador de idade biológica. Assim, quanto mais curtos são os telómeros, mais “velho” é o organismo que os possui.
“O trabalho sugere que algumas pessoas estão geneticamente programadas para envelhecer mais rapidamente. Em concreto, o menor comprimento dos telómeros equivale a três ou quatro anos de idade biológica”, realça ao El Mundo Tim Spector. Este cientista do Kings College de Londres, que participou na investigação, sublinha no entanto, que para o envelhecimento celular influenciam também outros factores como “o tabaco, a obesidade e o estilo de vida sedentário”.


Resultado Votação Janeiro/Fevereiro

Perderão as pessoas a individualidade ao ser descoberto o genoma humano?

Sim - 2 votos (11%)
Não - 3 votos (17%)
Não sei/Não me interessa - 4 votos (23%)
Sim, mas é para o bem da sociedade - 9 votos (52%)

A opinião geral dos nossos leitores é de que este projecto poderá fazer com que a nossa individualidade desapareça, embora o considerem vantajoso e imprescindível.
Qual é o teu ponto de vista? Não hesites em comentar e dá-nos a tua opinião!!

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sábado, fevereiro 20, 2010

Terapia Celular Pode Evitar Morte Súbita Após Enfarte

Transplantes experimentais de células geneticamente modificadas podem reduzir o risco de morte súbita após um ataque cardíaco, segundo um novo estudo efectuado em ratos, que pode um dia ter aplicação nos humanos

"Quinze por cento dos pacientes que sofreram um enfarte morrem nos três anos seguintes, maioritariamente devido ao ritmo cardíaco irregular e rápido, chamado de "taquicardia ventricular", segundo Bernd Fleischmann, da Universidade de Bona, responsável pelo estudo publicado na revista Nature.

"Os especialistas realizaram já várias tentativas de tratar os tecidos cardíacos com células, nomeadamente com mioblastos derivados do músculo da perna provenientes do mesmo paciente mas encontraram perturbações do ritmo.

Estas células dos músculos não possuem a mesma actividade eléctrica específicas do coração, que tem ele próprio um estimulador eléctrico natural para manter e adaptar o ritmo dos seus batimentos às necessidades do corpo. A diferença reside na presença de uma proteína, a conexina 43, existente em larga quantidade nas células cardíacas.

Os investigadores modificaram geneticamente células de músculos, para que estas produzissem a proteína em questão. Injectadas nos roedores, as células modificadas demonstraram resultados tão bons quanto os das células cardíacas embrionárias. No entanto, antes de haver uma aplicação humana, é necessário provar a inocuidade do processo de modificação genética".
 
 
Fica atento às próximas novidades!!!
 
Adaptado de: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=24570&op=all

sábado, fevereiro 13, 2010

Biotecnologia e Ética

    Fugindo um pouco aos nossos posts anteriores, baseados em notícias, voltamos agora a um post mais informativo sobre biotecnologia e ética.

    A ética é uma temática que desde sempre ocupou a mente dos filósofos. Já no tempo de Sócrates se debatiam os assuntos éticos da Ciência.
    Nos dias de hoje deve reconhecer-se que todo o desenvolvimento passa cada vez mais pela Ciência e Tecnologia. Reconhecemos também facilmente que, nas realizações técnico-cientificas, se deve ter como principal objectivo o BEM COMUM.


    A biotecnologia vai alterando o panorama das doenças a nível mundial.
O principal objectivo é, sem dúvida, a eliminação de doenças infecciosas que ocupam um lugar no topo das mortes por doença, aumentando assim a esperança média de vida dos indivíduos.
Doenças como a SIDA, tuberculose, hepatite, podem, no futuro, vir a ser curadas devido ao papel de diagnóstico da engenharia genética.

    Aliadas a factores sócio-económicos, morais e religiosos, surge então uma panóplia de questões sobre este tema.
Podemos alterar a estrutura genética de todos os seres vivos em nome da utilidade e do ganho económico? 

A manipulação genética de todos os seres vivos é uma herança acessível para todos ou é propriedade privada de algumas corporações?


É possível minimizar as considerações éticas, reduzir os riscos ambientais, e ao mesmo tempo manter os benefícios? 
 
Quem beneficia da Biotecnologia? Quem perde com ela? 


Fiquem atentos, postaremos em breve,
http://egenetica12f.blogspot.com 

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Estupidez é uma doença!

A estupidez é uma doença genética que deveria curar-se.
    A opinião é de James Watson, um dos investigadores que descobriu a estrutura do ADN (ácido desoxirribonucleico). A descoberta tem 50 anos e mereceu o Nobel da Medicina em 1962.

James Watson defende James Watson defende que as pessoas estúpidas ou com um coeficiente intelectual baixo que não têm uma deficiência mental diagnosticada
    Para este prestigiado professor, é um erro associar a lentidão na aprendizagem a uma situação de pobreza ou a problemas familiares, já que é mais provável que exista uma causa genética que pode e deve ser corrigida.
    James Watson defende convictamente que devíamos utilizar da engenharia genética para melhorar a raça humana. Neste sentido, considera que os cientistas deviam desenvolver terapias genéticas e fazer exames pré-natais para prevenir o nascimento de «bebés estúpidos».

   «É injusto que as pessoas não tenham as mesmas oportunidades (de ser inteligentes). Quando estiver disponível um método para melhorar os nossos bebés, ninguém poderá evitar a sua aplicação. Seria estúpido não o utilizar», argumentou.



Iremos, no futuro, ser todos brilhantes?
Como vamos hierarquizar a nossa sociedade?



Adaptado de http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=721476

sábado, fevereiro 06, 2010

Será possível viver para SEMPRE?

A maioria das pessoas morre antes de atingir os 100 anos de idade.
Mas, afinal, o que nos faz envelhecer e morrer?

    A resposta está, em parte, no nosso DNA. As pessoas começam agora a ter esperança de que fazendo alterações no nosso DNA, possamos viver durante muito tempo – ou até mesmo para sempre.

    Enquanto vamos vivendo as nossas vidas, as nossas células vão-se dividindo para substituir as células velhas, mortas. A questão é que as células só são capazes de se dividir durante um determinado período de tempo. À medida que o ritmo da divisão celular abranda e as células vão deixando de se dividir, os nossos corpos vão perdendo a capacidade de reparar os danos sofridos e aumenta o risco de termos doenças. É assim que envelhecemos.

    O envelhecimento deve-se, em parte, aos telómeros – secções repetidas de DNA na extremidade dos cromossomas. De cada vez que uma célula se divide, os seus telómeros desgastam-se. Quando ficam muito curtos, a célula deixa de ser capaz de se dividir.

    Com a engenharia genética, pode vir a ser possível alterar as nossas células para que todas elas produzam a telomerase. Teoricamente, isto poderia parar o desgaste das nossas células e abrandar o envelhecimento dos nossos órgãos. Apesar da pesquisa sobre os telómeros se encontrar ainda numa fase inicial, alguns especialistas sugeriram já que a ciência genética nos poderá ajudar a viver vidas muito longas.

    Concluindo, uma pessoa poderá obter uma amostra das suas células, numa idade muito jovem. Elas seriam copiadas e utilizadas para fazer células estaminais clonadas contendo DNA. Estas células poderiam depois ser convertidas em tecidos do corpo para fazer novos órgãos para a pessoa quando fosse mais velha.

Mas então...
Será que nos vamos tornar imortais?
Como vamos fazer o controlo da população?

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Estudo de genoma traz estimativa de censo populacional

A partir da composição de apenas dois genes humanos, geneticistas computadorizaram o tamanho da população mundial de há 1,2 milhões de anos.

    O número ficou estimado em 18.500 pessoas, mas este número refere-se apenas a indivíduos capazes de se reproduzir, o que faz com que a população real possa ter sido cerca de três vezes maior, ou seja 55.500 pessoas.

    A estimativa, publicada numa edição recente do jornal The Proceedings of the National Academy of Sciences, foi calculada por uma equipa de geneticistas populacionais da Universidade de Utah liderada por Chad D. Huff e Lynn B. Jorde.

    A população humana de há um milhão de anos atrás era representada por espécies arcaicas, como o Homo ergaster, na África, e o Homo erectus, no leste da Ásia. A equipa de Utah afirma que a sua estimativa de 18.500 indivíduos implica "uma população pequena para uma espécie que se espalhou por todo o Velho Mundo, o que é incomum".

    Richard G. Klein, paleoantropólogo de Stanford, afirmou ser difícil acreditar que a população da qual os humanos modernos se originaram, seja tão pequena quanto 18.500 pessoas, "a não ser que eles estivessem geograficamente restritos à África ou a uma pequena parte do continente".

    A equipa de Utah utilizou três genes para trabalhar e observaram elementos antigos conhecidos como inserções Alu, cuja classe mais recente apareceu no genoma humano há cerca de um milhão de anos. O nível de variação verificado no DNA imediatamente ao redor das inserções Alu deram uma ideia do tamanho da população humana naquela época.

    A estimativa dos cientistas enquadra-se quase perfeitamente com uma anterior já realizada, também baseada em inserções Alu, porém com dados mais dispersos.

Será que estamos no bom caminho para utilizar o genoma humano de forma produtiva e acertada?

Adaptado de

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Cientistas decifram código genético de duas formas de cancro

Descoberta abre caminho, num prazo de anos, a novas terapias, meios de diagnóstico precoce e sobretudo à melhor compreensão do cancro.

    A ciência conseguiu decifrar o código genético de dois dos cancros: o da pele e dos pulmões, abrindo caminho a potenciais curas e a inovadores meios de diagnóstico que permitirão identificar a doença de forma precoce.

    Os cancros são mutações de células saudáveis causadas por factores ambientais. As células doentes acumulam-se em tumores capazes de criar rupturas nas funções dos diferentes órgãos atingidos. A identificação das mutações que ocorrem em células saudáveis permitirá compreender a doença de forma mais detalhada e, eventualmente, levará a um simples teste de sangue que permitirá perceber quais as melhores terapias para cada doente.
A complexidade da doença é o maior desafio: o tumor dos pulmões envolve 23 mil mutações das células saudáveis e o melanoma da pele mais de 33 mil.

    A descoberta foi anunciada pelo Instituto Wellcome Trust Sanger, de Cambridge, no Reino Unido. Segundo o líder da equipa que realizou o trabalho, esta descoberta muda a forma como os cientistas olham para a doença: "Este é um momento fundamental na história da investigação do cancro", afirmou o académico.

    O Instituto Sanger usou tecnologia sofisticada para identificar as sequências de genes nos tecidos do tumor e nos tecidos das células normais. A comparação dos dois permitiu identificar milhares de diferenças, mas para encontrar aquelas que verdadeiramente matam os doentes serão necessários anos de trabalho adicional.

    Este progresso é ainda um passo na procura de curas para a doença. Há equipas em dez países que tentam completar as sequências de ADN de todos os tipos da doença existentes. Cada uma delas com orgãos humanos específicos, os americanos cérebro e ovários, os ingleses mama, os japoneses fígado e a China estômago.

    Em Agosto, uma equipa americana decifrou o código genético de um doente com leucemia, mas as sequências de mutações eram totalmente diferentes daquelas que tinham sido identificadas um ano antes, noutro doente. Identificar as mutações que são verdadeiramente perigosas não é fácil e, por exemplo, das 23 mil presentes no cancro do pulmão, a maioria parece ser inofensiva.

    O estudo detalhado dos catálogos de cada forma da doença poderá levar os cientistas a perceber no futuro o impacto dos factores ambientais na base das mutações. Os benefícios potenciais destes avanços serão recolhidos pela próxima geração da humanidade, avisam os cientistas.





Esperamos que a ciência progrida de forma a que as curas para esta e outras doenças sejam alcançadas.



Fica atento, postaremos brevemente.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Nas mãos dos cientistas...




No início da década de 90, surgiu um projecto (Projecto Genoma Humano) que viria a alterar o mundo da genética. Este projecto consistia em descodificar o património genético humano, isto é, identificar a sequência de todas os nucleótidos (bases azotadas) que constituem o DNA do ser humano.  

Com este projecto torna-se mais simples localizar e determinar com maior precisão e rapidez qual ou quais os genes responsáveis por determinada doença. Obviamente é um projecto ambicioso, mas muito útil para a saúde da população mundial.


É graças à bioengenharia, e a cerca de 4000 centros de investigação em todo o mundo, que o genoma humano está agora descodificado.

O próximo passo será então aplicar as terapias genéticas em humanos.
Este avanço científico permite curar algumas doenças através da manipulação directa dos genes mutados ou da produção de medicamentos baseados em modificações de DNA.

Além de doenças hereditárias, este avanço permite tratar e, futuramente, curar doenças como o cancro, o Alzheimer, a obesidade, a diabetes, doenças auto-imunes e hipertensão.


Esperemos estar em boas mãos...

Deixa a tua opinião :) , o grupo agradece. ; )