CONSIDERAÇÕES ÉTICAS SOBRE O ARMAZENAMENTO DE MATERIAL GENÉTICO
Uma das principais características da genética médica actual tem sido a crescente utilização da análise directa do material genético, tanto para diagnóstico quanto para pesquisa. Para que muitas dessas análises sejam possíveis é necessário que uma certa quantidade de DNA esteja disponível. O armazenamento das amostras de DNA origina os Bancos de Material Genético ou Bancos de DNA.
Pode-se diferenciar quatro tipos de Bancos de Material Genético, de acordo com suas características:• Pesquisa
• Diagnóstico
• Dados
• Potenciais
Os bancos de pesquisa são formados por DNA de indivíduos ou de famílias extensas, que são portadoras de uma determinada doença genética.
Os bancos de diagnóstico são obtidos a partir do DNA de pessoas com suspeita de determinada doença e de seus familiares, em geral para fins diagnósticos ou de aconselhamento (detecção de portadores, prognóstico, etc.).
Nos bancos de dados de DNA as informações genéticas são armazenadas para um determinado fim, usualmente a identificação de um indivíduo por comparação com o padrão armazenado. Estes bancos geralmente tem caráter forense ou militar e várias críticas têm sido feitas a sua utilização, sendo que um dos principais problemas diz respeito à privacidade e autonomia dos indivíduos analisados.
O quarto tipo de bancos de material genético é formado por qualquer coleção de tecido: blocos de parafina para análise anátomo-patológica, células ou tecidos em cultura, cartões para screening neonatal (teste do pezinho) e bancos de sangue, que são fontes de DNA, e portanto bancos de potencial.
Como será possível proteger a identidade DNA nestas bases de dados?
Quem deverá ter acesso a estas informações?